Apesar do aumento das vendas do vinil nos últimos anos, a mídia não tem ou terá qualquer pretensão de ser algo para a massa novamente.
A estratégia traçada pela indústria para o vinil está direcionada aos verdadeiros amantes da música, audiófilos e colecionadores que não o abandonaram, apesar do desenvolvimento tecnológico. Outro objetivo, talvez o mais forte e obscuro, por trás do retorno do vinil e da estratégia traçada pela indústria é proporcionar uma forma de diminuir as perdas com a pirataria em determinados segmentos e público, já que o vinil não é replicável.
Outro fato incontestável e reforçado por músicos e audiófilos é de que o som obtido do vinil é muito melhor do que o som proveniente do CD. É claro que existem dezenas de variáveis no meio da equação, como qualidade do toca-disco, da agulha, do pré de phono, do CD player e das mídias utilizadas no comparativo. Mas, num mesmo patamar de qualidade, o vinil é sempre melhor. Com o vinil, a música é mais quente, mais vibrante em determinadas frequências. É claro que, ocasionalmente, escutam-se alguns "clicks" e "pops", o que são parte de suas características e acrescentam um charme e algo mais a experiência de escutar música. É muito mais prazeroso do que escutar o áudio mais analítico do CD.
Para um mesmo disco, de determinado músico ou banda, existem várias prensagens, de todos os tipos de qualidade. Ao comprar, deve-se buscar sempre a melhor gravação, dentro do que "cabe no bolso" de cada um. A diferença entre uma prensagem boa e uma ruim é maior do que a mudança da água para o vinho.
Hoje, dada a menor produção, ganhos de escala reduzidos, consequentemente, o preço do vinil é consideravelmente mais alto do que do CD, mas vale cada centavo pago a mais.
Na continuação do texto sobre vinil, tratarei sobre o toca-disco propriamente dito, o que devemos saber sobre regulagem, agulha etc. Acompanhem!
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