Desde as primeiras gravações musicais, os amantes da música estão buscando melhores maneiras para gravar e escutar música.
O disco de vinil foi desenvolvido no início da década de 50 para reprodução musical e foi a primeira mídia acessível para a massa.
Quanto mais fácil e conveniente fosse para escutar música, mais as pessoas se interessavam por determinada tecnologia. Com isso, no início da década de 90, o CD (Compact Disc) prometeu maior capacidade, durabilidade e praticidade, tornando os discos de vinil obsoletos e quase desapareceram na década seguinte.
Agora, o MP3 está dominando o mundo da música. É possível carregar milhares de músicas num dispositivo menor do que a palma da mão. Pode-se fazer o download e escutar praticamente qualquer música, em qualquer lugar, a qualquer hora. Tais fatores acabaram com o CD.
Os números são claros: as vendas de CDs caíram drasticamente nos últimos três anos, enquanto as vendas de arquivos digitais mais que duplicaram. Escondido no meio dos números, um fato chamou a atenção da indústria, as vendas de vinil, que representavam menos de 2% do mercado em 2008, aumentaram em aproximadamente um terço a cada ano seguinte. O fato não passou despercebido por músicos e pelos estúdios e, agora, todos estão lançando cópias em vinil.
O mais interessante no retorno do vinil é que suas características, desde o manuseio até o meio de comercialização, são totalmente opostas às características que são identificadas nos arquivos digitais, mais especificamente no MP3. O vinil não é portátil ou rápido, não comporta um volume elevado de músicas, não dá para escutar no carro indo para o trabalho etc.
Então por que as pessoas querem essa opção, aquela que é oposta ao que vem sendo demandado pela massa na última década?
Talvez porque a música vem sendo tratada como uma atividade totalmente passiva ou acessória, ao invés de ser uma experiência por si só. A forma de comercialização e distribuição dos arquivos digitais carece de qualquer interação com outras pessoas e é de longe uma experiência agradável como procurar um vinil numa loja física. Isso é algo que as lojas virtuais ainda não conseguem prover.
Existem outros fatores que apontam para o ressurgimento do vinil, porém serão tratados em próximas postagens. Não deixem de acompanhar!
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